quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

HÁ MOMENTOS EM QUE NEM PPARECEMOS NÓS!

 

A vida é tão agitada e causa tantas preocupações que há momentos em que nos sentimos sem jeito. Depois, aos pouquinhos, lá vamos ganhando um pouquinho de coragem para olhar o nosso interior, e sentimo-nos um bocadinho melhor.

Este tempo é muito bom, mas estragado pela pandemia, tira-nos toda a oportunidade de ir ao encontro de amizades, de olhar a Natureza, de ver as estrelas e as luzes noturnas que encantam os olhos!

Uma pessoa confiante e carinhosa, acolhedora de toda a gente, de máscara no rosto, caminha de modo a não encontrar ninguém, porque a pandemia mata, e podemos pegá-la ou passa-la para outros.

Estou cansada de tudo isto, só Deus mesmo nos pode dar força e coragem para prosseguir.

Olhar para textos como este vai ajudando um pouquinho, porque a fé e a esperança ajudam-nos a amar, e é disso que mais necessitamos, de amor, do Deus Amor

“”Papa Francisco

Encíclica «Lumen fidei / Luz da Fé», §§50-51 (trad. © Libreria Editrice Vaticana, rev.)

«Começou [...] a falar acerca do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém»

Ao apresentar a história dos patriarcas e dos justos do Antigo Testamento, a Carta aos Hebreus põe em relevo um aspeto essencial da sua fé; esta não se apresenta apenas como um caminho, mas também como edificação, preparação de um lugar onde os homens possam habitar uns com os outros […]. Se o homem de fé assenta no Deus-Ámen, no Deus fiel (cf Is 65,16), tornando-se por isso firme, podemos acrescentar que a firmeza da fé se refere também à cidade que Deus está a preparar para o homem. A fé revela quão firmes podem ser os vínculos entre os homens, quando Deus Se torna presente no meio deles. Não evoca apenas uma solidez interior, uma convicção firme do crente; a fé também ilumina as relações entre os homens, porque nasce do amor e segue a dinâmica do amor de Deus. O Deus fiável dá aos homens uma cidade fiável.

Devido precisamente à sua ligação com o amor (cf Gal 5,6), a luz da fé coloca-se ao serviço concreto da justiça, do direito e da paz. A fé nasce do encontro com o amor gerador de Deus, que mostra o sentido e a bondade da nossa vida; esta é iluminada na medida em que entra no dinamismo aberto por este amor, isto é, enquanto se torna caminho e exercício para a plenitude do amor. A luz da fé é capaz de valorizar a riqueza das relações humanas, a sua capacidade de perdurarem, de serem fiáveis, de enriquecerem a vida comum. A fé não afasta do mundo, nem é alheia ao esforço concreto dos nossos contemporâneos.

Sem um amor fiável, nada poderia manter verdadeiramente unidos os homens: a unidade entre eles seria concebível apenas enquanto fundada sobre a utilidade, a conjugação dos interesses, o medo, mas não sobre a beleza de viverem juntos, nem sobre a alegria que a simples presença do outro pode gerar. […] A fé é um bem para todos, um bem comum: a sua luz não ilumina apenas o âmbito da Igreja nem serve somente para construir uma cidade eterna no além, também ajuda a construir as nossas sociedades, de modo que caminhem para um futuro cheio de esperança.””

Nesse tempo de Oração pela Unidade dos Cristãos, este texto ajuda. Se Deus é Pai de todos, porque fazemos distinção entre as várias formas de viver o cristianismo? Se a fé é um bem comum, viver separados não faz sentido!

A união faz a força, e é de muita força que necessitamos!

Necessitamos de força, compreensão, aceitação, entreajuda, companhia, sei lá?

Senhor Jesus, que conheces todos os corações, ajuda-nos a viver como irmãos como Tu queres e nós desejamos! Que a pandemia nos ensine o que Tu queres que aprendamos, que não seja mais uma forma de enriquecimento material de uns em desfavor dos outros, pois o único enriquecimento que levaremos connosco quando partirmos deste mundo é o espiritual, de resto, partiremos de mãos vazias, pois o que é do mundo, ficará no mundo!

Mãe do Céu, ajuda-nos a viver no desprendimento material, pois de material só precisamos mesmo do necessário para viver enquanto o Pai do Céu nos deixar vaguear por aqui.

São Sebastião, que hoje se celebra, nos ajude!

Hermínia Nadais

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