A vida é tão agitada e causa tantas preocupações que há momentos em que nos sentimos sem jeito. Depois, aos pouquinhos, lá vamos ganhando um pouquinho de coragem para olhar o nosso interior, e sentimo-nos um bocadinho melhor.
Este tempo
é muito bom, mas estragado pela pandemia, tira-nos toda a oportunidade de ir ao
encontro de amizades, de olhar a Natureza, de ver as estrelas e as luzes
noturnas que encantam os olhos!
Uma
pessoa confiante e carinhosa, acolhedora de toda a gente, de máscara no rosto,
caminha de modo a não encontrar ninguém, porque a pandemia mata, e podemos pegá-la
ou passa-la para outros.
Estou cansada
de tudo isto, só Deus mesmo nos pode dar força e coragem para prosseguir.
Olhar para
textos como este vai ajudando um pouquinho, porque a fé e a esperança
ajudam-nos a amar, e é disso que mais necessitamos, de amor, do Deus Amor
“”Papa
Francisco
Encíclica
«Lumen fidei / Luz da Fé», §§50-51 (trad. © Libreria Editrice Vaticana, rev.)
«Começou
[...] a falar acerca do Menino a todos os que esperavam a libertação de
Jerusalém»
Ao
apresentar a história dos patriarcas e dos justos do Antigo Testamento, a Carta
aos Hebreus põe em relevo um aspeto essencial da sua fé; esta não se apresenta
apenas como um caminho, mas também como edificação, preparação de um lugar onde
os homens possam habitar uns com os outros […]. Se o homem de fé assenta no
Deus-Ámen, no Deus fiel (cf Is 65,16), tornando-se por isso firme, podemos
acrescentar que a firmeza da fé se refere também à cidade que Deus está a
preparar para o homem. A fé revela quão firmes podem ser os vínculos entre os
homens, quando Deus Se torna presente no meio deles. Não evoca apenas uma
solidez interior, uma convicção firme do crente; a fé também ilumina as
relações entre os homens, porque nasce do amor e segue a dinâmica do amor de
Deus. O Deus fiável dá aos homens uma cidade fiável.
Devido
precisamente à sua ligação com o amor (cf Gal 5,6), a luz da fé coloca-se ao
serviço concreto da justiça, do direito e da paz. A fé nasce do encontro com o
amor gerador de Deus, que mostra o sentido e a bondade da nossa vida; esta é
iluminada na medida em que entra no dinamismo aberto por este amor, isto é,
enquanto se torna caminho e exercício para a plenitude do amor. A luz da fé é
capaz de valorizar a riqueza das relações humanas, a sua capacidade de
perdurarem, de serem fiáveis, de enriquecerem a vida comum. A fé não afasta do
mundo, nem é alheia ao esforço concreto dos nossos contemporâneos.
Sem
um amor fiável, nada poderia manter verdadeiramente unidos os homens: a unidade
entre eles seria concebível apenas enquanto fundada sobre a utilidade, a
conjugação dos interesses, o medo, mas não sobre a beleza de viverem juntos,
nem sobre a alegria que a simples presença do outro pode gerar. […] A fé é um
bem para todos, um bem comum: a sua luz não ilumina apenas o âmbito da Igreja
nem serve somente para construir uma cidade eterna no além, também ajuda a
construir as nossas sociedades, de modo que caminhem para um futuro cheio de
esperança.””
Nesse
tempo de Oração pela Unidade dos Cristãos, este texto ajuda. Se Deus é Pai de
todos, porque fazemos distinção entre as várias formas de viver o cristianismo?
Se a fé é um bem comum, viver separados não faz sentido!
A
união faz a força, e é de muita força que necessitamos!
Necessitamos
de força, compreensão, aceitação, entreajuda, companhia, sei lá?
Senhor
Jesus, que conheces todos os corações, ajuda-nos a viver como irmãos como Tu
queres e nós desejamos! Que a pandemia nos ensine o que Tu queres que
aprendamos, que não seja mais uma forma de enriquecimento material de uns em
desfavor dos outros, pois o único enriquecimento que levaremos connosco quando
partirmos deste mundo é o espiritual, de resto, partiremos de mãos vazias, pois
o que é do mundo, ficará no mundo!
Mãe
do Céu, ajuda-nos a viver no desprendimento material, pois de material só
precisamos mesmo do necessário para viver enquanto o Pai do Céu nos deixar
vaguear por aqui.
São Sebastião, que hoje se celebra, nos ajude!
Hermínia
Nadais
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