Sim! O desprendimento e desapego das coisas do corpo enriquece a alma, o espírito, que é nossa semelhança com Deus que nunca morre!
Cada
um ou uma de nós tem uma composição extraordinária, que quase não dá para
entender, vive-se!
Como
o coração é o órgão que segura o corpo vivo, usamos a palavra coração para
inúmeras coisas que nada têm a ver com o coração carnal, mas com a alma, o
espírito, a consciência, a inteligência, a doação, a aceitação, sei lá o quê?
Quanto
mais aprendo mais sei que nada sei… tantas são as coisas que continuo a aprender
nesta idade já bem avançada! Quase setenta e cinco anos é muito tempo, graças a
Deus!
Este
texto maravilhoso chegou-me hoje através de Evangelizo, acerca do Evangelho da multiplicação dos pães e peixes, (São
Marcos 6,34-44).
“”São
João Crisóstomo (c. 345-407)
presbítero
de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homílias
sobre o Evangelho de Mateus, n.° 49, 1-3
A
multiplicação dos pães
Reparemos
no abandono confiante dos discípulos à providência de Deus nas maiores
necessidades da vida, o seu desprezo por uma existência luxuosa: eram doze, mas
só tinham cinco pães e dois peixes. Não se importam com as coisas do corpo;
consagram todo o seu zelo às coisas da alma. E mais, não guardam as provisões
para si: deram-nas ao Salvador assim que Ele lhas pediu. Aprendamos com este
exemplo a partilhar o que temos com quem tem necessidade, mesmo que tenhamos
pouco. Quando Jesus lhes pediu para Lhe darem os cinco pães, eles não disseram:
«E com que ficaremos? Onde encontraremos aquilo de que precisamos para as
nossas necessidades pessoais?», mas obedeceram de imediato. [...]
Tomando,
pois, os pães, o Senhor partiu-os e confiou aos discípulos a honra de os
distribuírem. Ele não queria apenas honrá-los com esse santo serviço; queria
que participassem no milagre, para serem testemunhas convictas e não esquecerem
o que se tinha passado diante dos seus olhos. [...] Foi através deles que
mandou sentar as pessoas e distribuir o pão, para que cada um deles pudesse
testemunhar o milagre que se realizava pelas suas mãos. [...]
Tudo
neste acontecimento — o lugar deserto, a terra nua, a escassez de pão e de
peixe, a distribuição das mesmas coisas a todos sem preferências, ficando cada
um com o mesmo que o seu vizinho —, tudo isso nos ensina a humildade, a
frugalidade e a caridade fraterna. O Salvador ensina-nos a amar-nos igualmente
uns aos outros, a colocar tudo em comum entre aqueles que servem o mesmo Deus.””
Extraordinário
tudo o que nos diz este texto, mas eu vou dizer o que penso que não está aqui dito.
De
facto, os Apóstolos com Jesus, tinham pouco para todos, e deram o que tinham
sem se importarem com nada. Mas, Jesus, deixou que toda a gente comesse o que
necessitava e ainda ficaram muitos cestos de comida, ou seja, quando
partilhamos por amor a Jesus e aos irmãos, o que partilhamos nunca nos irá
fazer falta, porque Jesus, proverá todas as nossas necessidades!
Até
quando continuaremos a ver pessoas preocupadas com o que comer ou vestir, se
Jesus cobre e alimenta os animais, quanto mais o fará com as pessoas. Mas temos
de ter presente que quando Deus criou o mundo e as pessoas era para que todos
tivessem o necessário, e não meia dúzia de ricaços ficarem com tudo quando
muitos milhares de pobres morrem à fome… e não temos com que lhes acudir.
Sejamos
cristãos ao bom jeito de Jesus Cristo, e aprendamos a viver com pouco, que tudo
ficará diferente.
Confiemos
no Senhor, e vivamos, realmente, como irmãos, como o Senhor nos diz através da
Encíclica do Papa Francisco FRATTELLI TUTTI – TODOS IRMÃOS!
Louvado
SEJAS, SENHOR!
Hermínia
Nadais
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