terça-feira, 5 de janeiro de 2021

O DESAPEGO MATERIAL E DESPRENDIMENTO ENRIQUECE…

 

Sim! O desprendimento e desapego das coisas do corpo enriquece a alma, o espírito, que é nossa semelhança com Deus que nunca morre!

Cada um ou uma de nós tem uma composição extraordinária, que quase não dá para entender, vive-se!

Como o coração é o órgão que segura o corpo vivo, usamos a palavra coração para inúmeras coisas que nada têm a ver com o coração carnal, mas com a alma, o espírito, a consciência, a inteligência, a doação, a aceitação, sei lá o quê?

Quanto mais aprendo mais sei que nada sei… tantas são as coisas que continuo a aprender nesta idade já bem avançada! Quase setenta e cinco anos é muito tempo, graças a Deus!

Este texto maravilhoso chegou-me hoje através de Evangelizo, acerca do Evangelho da multiplicação dos pães e peixes, (São Marcos 6,34-44).

“”São João Crisóstomo (c. 345-407)

presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja

Homílias sobre o Evangelho de Mateus, n.° 49, 1-3

A multiplicação dos pães

Reparemos no abandono confiante dos discípulos à providência de Deus nas maiores necessidades da vida, o seu desprezo por uma existência luxuosa: eram doze, mas só tinham cinco pães e dois peixes. Não se importam com as coisas do corpo; consagram todo o seu zelo às coisas da alma. E mais, não guardam as provisões para si: deram-nas ao Salvador assim que Ele lhas pediu. Aprendamos com este exemplo a partilhar o que temos com quem tem necessidade, mesmo que tenhamos pouco. Quando Jesus lhes pediu para Lhe darem os cinco pães, eles não disseram: «E com que ficaremos? Onde encontraremos aquilo de que precisamos para as nossas necessidades pessoais?», mas obedeceram de imediato. [...]

Tomando, pois, os pães, o Senhor partiu-os e confiou aos discípulos a honra de os distribuírem. Ele não queria apenas honrá-los com esse santo serviço; queria que participassem no milagre, para serem testemunhas convictas e não esquecerem o que se tinha passado diante dos seus olhos. [...] Foi através deles que mandou sentar as pessoas e distribuir o pão, para que cada um deles pudesse testemunhar o milagre que se realizava pelas suas mãos. [...]

Tudo neste acontecimento — o lugar deserto, a terra nua, a escassez de pão e de peixe, a distribuição das mesmas coisas a todos sem preferências, ficando cada um com o mesmo que o seu vizinho —, tudo isso nos ensina a humildade, a frugalidade e a caridade fraterna. O Salvador ensina-nos a amar-nos igualmente uns aos outros, a colocar tudo em comum entre aqueles que servem o mesmo Deus.””

Extraordinário tudo o que nos diz este texto, mas eu vou dizer o que penso que não está aqui dito.

De facto, os Apóstolos com Jesus, tinham pouco para todos, e deram o que tinham sem se importarem com nada. Mas, Jesus, deixou que toda a gente comesse o que necessitava e ainda ficaram muitos cestos de comida, ou seja, quando partilhamos por amor a Jesus e aos irmãos, o que partilhamos nunca nos irá fazer falta, porque Jesus, proverá todas as nossas necessidades!

Até quando continuaremos a ver pessoas preocupadas com o que comer ou vestir, se Jesus cobre e alimenta os animais, quanto mais o fará com as pessoas. Mas temos de ter presente que quando Deus criou o mundo e as pessoas era para que todos tivessem o necessário, e não meia dúzia de ricaços ficarem com tudo quando muitos milhares de pobres morrem à fome… e não temos com que lhes acudir.

Sejamos cristãos ao bom jeito de Jesus Cristo, e aprendamos a viver com pouco, que tudo ficará diferente.

Confiemos no Senhor, e vivamos, realmente, como irmãos, como o Senhor nos diz através da Encíclica do Papa Francisco FRATTELLI TUTTI – TODOS IRMÃOS!

Louvado SEJAS, SENHOR!

Hermínia Nadais

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