segunda-feira, 20 de maio de 2013

DOMINGO DE PENTECOSTES




«Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar sobre as maravilhas de Deus» (Act 2,4.11)
Não há como calar! Aqui o Evangelho do dia, S. João 14,15-16.23b-26.

«Se me tendes amor, cumprireis os meus mandamentos,
e Eu apelarei ao Pai e Ele vos dará outro Paráclito para que esteja sempre convosco,
Respondeu-lhe Jesus: «Se alguém me tem amor, há-de guardar a minha palavra; e o meu Pai o amará, e Nós viremos a ele e nele faremos morada.
Quem não me tem amor não guarda as minhas palavras; e a palavra que ouvis não é minha, mas é do Pai, que me enviou».
«Fui-vos revelando estas coisas enquanto tenho permanecido convosco; mas o Paráclito, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, esse é que vos ensinará tudo, e há-de recordar-vos tudo o que Eu vos disse.»

O Domingo de Pentecostes é o dia em que se comemora o aniversário da descida do Espírito Santo no Cenáculo de Jerusalém sobre os Apóstolos, Maria Santíssima e todos os que com eles estavam reunidos em oração!
São Lucas relata o acontecimento em I Actos 2, 1-11, assim:

“Quando chegou o dia de Pentecostes, os Apóstolos estavam todos reunidos no mesmo lugar. Subitamente, fez-se ouvir, vindo do Céu, um rumor semelhante a forte rajada de vento, que encheu toda a casa onde se encontravam. Viram então aparecer uma espécie de línguas de fogo, que se iam dividindo, e poisou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que se exprimissem. Residiam em Jerusalém judeus piedosos, procedentes de todas as nações que há debaixo do céu. Ao ouvir aquele ruído, a multidão reuniu-se e ficou muito admirada, pois cada qual os ouvia falar na sua própria língua. Atónitos e maravilhados, diziam: «Não são todos galileus os que estão a falar? Então, como é que os ouve cada um de nós falar na sua própria língua? Partos, medos, elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egipto e das regiões da Líbia, vizinha de Cirene, colonos de Roma, tanto judeus como prosélitos, cretenses e árabes, ouvimo-los proclamar nas nossas línguas as maravilhas de Deus».”

Pensa-se, ou melhor, há quem afirme que a morte, ressurreição, partida de Jesus para o céu e vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos aconteceu no momento da morte de Jesus. E se pensarmos profundamente em tudo quanto está escrito a este respeito e no contexto em que foi escrito tudo leva a crer que sim. Claro que nós estamos sujeitos ao tempo e ao espaço, e os Apóstolos, que estiveram sempre com Jesus e vivenciaram a Sua ressurreição tinham que a provar conforme Jesus lhes ordenou, no espaço e no tempo, para que toda a gente pudesse compreender. Por esta razão entende-se o prolongamento do Tempo Pascal e todas as descrições que lhe estão adstritas!
Mas não interessa se foi tal qual assim como eles descreveram ou de uma outra forma, o que interessa é que aconteceu!
Jesus morreu, ressuscitou, conviveu com os Apóstolos depois de morto e ressuscitado e ausentou-se para o Pai com a promessa de que o Espírito Santo de Deus ficaria com eles e com a Igreja até ao fim dos tempos!
Deus, Jesus, o Espírito Santo, a Família trinitária de Deus que denominamos de Santíssima Trindade e se festejará no próximo Domingo, ama infinitamente e cuida permanentemente de cada homem ou mulher, indistinta e gratuitamente, pois quer a pessoa ame ou não é sempre amada e protegida por Deus!
Se meditarmos atentamente no Evangelho de hoje Jesus afirma que aos que O amam vem com o Pai e o Espírito Santo morar neles… e aos que O não amam Ele apenas diz que as Palavras que diz não são Suas, mas do Pai. Daqui se conclui que Jesus ama… ama… ama… a toda a gente… a diferença é que os que O amam partilham com os outros esse amor por obras e palavras, ou seja, dão continuação à Sua Evangelização.
E a Evangelização não é só para os Bispos, Padres, Religiosos ou Religiosas ou Leigos Consagrados, é para todos os Batizados, para todos os que seguem a Jesus Cristo e se chamam cristãos!
São Lucas diz que no Cenáculo estavam os Apóstolos, Maria e outros cristãos em oração! O Espírito Santo foi anunciado com ruído, vento, brisas… e desceu do Céu em línguas de fogo que se dispersaram sobre a cabeça de cada presente!
Isto diz-nos que o Espírito Santo desceu do Céu, é um Dom de Deus, e que a Igreja é Comunidade que só poderá ser Igreja e evangelizar através da meditação da Palavra e oração e vivência da Palavra de Deus em todos os momentos da vida!
Lucas diz ainda que os Apóstolos falavam diversas línguas conforme o Espírito lhes permitia que falassem! E enumera muitas pessoas de diversas nações que os ouviam falar nas suas próprias línguas.
Esta foi a forma que encontrou para dizer que o Espírito Santo dá a cada pessoa dons diferentes conforme as caraterísticas próprias da pessoa e a sua capacidade de realização pessoal e comunitária.
Urge estarmos com os corações abertos para O recebermos e predispostos a dar-Lhe espaço para que nos possa trabalhar interiormente!
Mais do que nunca, os cristãos têm de estar atentos aos sinais e à voz do Espírito Santo de Deus para que cada homem e mulher se apressem a encontrar-se pessoal e profundamente com Jesus Cristo, o único que pode fazer felizes todas as pessoas!
Que a força, o discernimento e a luz do Espírito Santo estejam connosco e connosco permaneçam para sempre!

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