quarta-feira, 29 de maio de 2013

A SOLIDARIEDADE FAMILIAR





Vulgarmente, quando se fala de solidariedade, pensa-se logo na ajuda a quem necessita, e lembramos de imediato os bens materiais. Muito embora saibamos que isso é solidariedade, a verdadeira solidariedade é muito mais que tudo isso, porque a solidariedade não é uma esmola social, mas sim, e acima de tudo, um valor incalculável e imprescindível em qualquer situação de qualquer vida.

A solidariedade nasce do verdadeiro amor, do amor ao jeito de Jesus Cristo, daquele amor que se dá sem peso ou medida, do amor ao jeito do AMOR TRINDADE, que tentamos viver humanamente com todas as imperfeições que os homens e mulheres têm e com toda a dificuldade em ultrapassá-las.

SOLIDARIEDADE e AMOR é crescimento para cada um em particular, para a Família em especial, e para todos em geral.

E não tenhamos ilusões, pois não há solidariedade sem AMOR, nem verdadeiro AMOR sem solidariedade!

Tanto AMOR como SOLIDARIEDADE implicam a sensibilidade aliada à vontade, pois muito embora um sentimento arraste para a atitude e a atitude parta sempre de um sentimento, um sentimento sem atitude, por si só de pouco ou nada vale! É urgente e necessário ligar o sentimento à ação, o que partirá sempre de uma vontade e querer forte e coeso.

Parece descabido falar da solidariedade familiar, mas ela existe e cada vez é mais urgente e necessária em todas as situações da vida! Nas alegrias… mas principalmente nas dificuldades e aflições, doenças e amarguras… em que as palavras e gestos de todos, unidos, fortes e coesos, têm um valor incomparável para o bem-estar e positividade de todos os membros da família.

Temos que abandonar o hábito de convidar… e marcar presença… apenas nos casamentos, batizados, comunhões e funerais, porque, muito embora esses momentos sejam especialíssimos pela alegria contagiante ou dor imensa, se no dia a dia não sentirmos por perto a presença uns dos outros, ainda que seja expressada apenas por um simples telefonema, o peso diário da vida é muito mais difícil de carregar!

Necessitamos de estar atentos à situação económica, claro que isso é muito importante, mas é muito mais importante a palavra de apoio e compreensão, o ouvir e interiorizar o desabafo no silêncio atento e sigiloso baseado no respeito absoluto pela privacidade do outro… o saber que o pai, mãe, filho, filha, irmãos ou irmãs, netos ou netas… estão sempre connosco… que a sogra, sogro, nora, genro, tio, tia, avô, avó, primos, primas… ainda que ausentes da vista estão no nosso coração e presentes connosco nas alegrias e tristezas da vida!

Se um casal disposto a formar uma nova família tiver nascido e crescido assim, num ambiente solidário e presente, terá muito mais probabilidades de se manter sempre unido no crescimento e ajuda mútua como convém a si mesmo, à família e à sociedade.

Temos muito que aprender para ajudar a que a Família seja mais perseverante, e, consequentemente, a Sociedade seja mais solidária, justa e responsável!...

Que o Espírito Santo me(nos) ajude!

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