quarta-feira, 22 de maio de 2013

“TUDO TEM O SEU TEMPO!”



O tempo denominado Tempo Comum é a maior parte do Ano Litúrgico! Trinta e quatro semanas que de forma alguma poderão ser consideradas de descanso, mas de aplicação das novidades que o Espírito Santo foi soprando a cada um nos tempos fortes do Natal e Páscoa, com tudo quanto lhe está adstrito.

Tenho na mente e coração o Ano da Fé e os problemas da família! Da FAMÍLIA… célula fundamental da sociedade grandemente afetada pelos inúmeros problemas que afligem essa mesma sociedade donde provém e a que dá corpo.

As FAMÍLIAS formam a Sociedade, a Sociedade será sempre o que forem as suas Famílias, e as Famílias serão sempre o reflexo da Sociedade, numa interligação profundíssima e constante, de que cada um de nós é parte integrante!

Hoje… numa observação um pouco mais cuidada, o Espírito Santo alertou-me para os problemas de Fé que estão na raiz de todos os distúrbios pessoais que se tornam sociais pois vivemos em sociedade e é em sociedade que crescemos, estagnamos ou nos degradamos!

É difícil perceber se foi a desestabilização da Sociedade que afetou a Família ou se os problemas da Família desestabilizaram a Sociedade, mas também isso não interessa! Urge, sim, cada um ou uma de nós fazer o que deve no local onde decorrem os seus dias, pois a realidade é que, ou a pessoa cresce interior e exteriormente e dignifica a Família e a Sociedade, ou a degradação familiar e social nos levará a um beco sem saída!

Hoje, o Ofício de Leitura da Liturgia das Horas apresenta como tema de meditação o Capítulo 3 do Eclesiastes, assim:




“Tudo tem o seu tempo, tudo tem a sua hora debaixo dos céus: há tempo para nascer e tempo para morrer; tempo para plantar e tempo para colher; tempo para matar e tempo para curar; tempo para demolir e tempo para construir; tempo para chorar e tempo para rir; tempo para gemer, e tempo para dançar; tempo para atirar pedras e tempo para as ajuntar; tempo para abraçar e tempo para se separar; tempo para ganhar e tempo para perder; tempo para guardar e tempo para deitar fora; tempo para rasgar e tempo para coser; tempo para calar e tempo para falar; tempo para amar e tempo para odiar; tempo para a guerra e tempo para a paz.

Que aproveita o homem com tanto trabalho? Tenho observado a tarefa que Deus atribuiu aos filhos de Adão para nelas se ocuparem. Ele tudo criou bem feito e a seu tempo; e pôs em seus corações a sucessão dos séculos sem que o homem possa compreender o princípio e o fim da obra de Deus.

Assim eu concluí que nada é melhor para o homem do que alegrar-se e procurar o ser feliz durante sua vida, e que comer, beber e gozar do fruto de seu trabalho é um dom de Deus.

Tudo o que Deus há-de durar sempre, nada há a acrescentar ou a subtrair, e Deus procede assim para que O temamos. O que é agora já foi antes; e o que vier a acontecer já muito antes aconteceu, Deus volta a trazer o que já foi.

Verifiquei também que, debaixo do sol, na cadeira da justiça se senta a injustiça e no lugar do justo está o criminoso. Então disse no íntimo do coração: Deus julgará o justo e o ímpio, porque há um tempo para cada coisas e para cada ação.

Eu disse comigo mesmo a respeito dos homens: Deus quer prová-los e mostrar-lhes que, quanto a eles, são semelhantes aos brutos. Porque o destino dos filhos dos homens e o destino dos brutos é o mesmo: um mesmo fim os espera. A morte de um é a morte do outro. A ambos foi dado o mesmo sopro, e a vantagem do homem sobre o bruto é nula, porque tudo é vaidade. Todos caminham para um mesmo lugar, todos saem do pó e para o pó voltam.

Quem sabe se o sopro de vida dos filhos dos homens se eleva para o alto, e o sopro de vida dos brutos desce para a terra? E verifiquei que nada há de melhor para o homem do que alegrar-se com o fruto de seus trabalhos. Esta é a parte que lhe toca. Pois, quem lhe dará a conhecer o que acontecerá com o volver dos anos?”



O decorrer da vida com todas os seus momentos bons e menos bons vai-nos levando a interiorizar que “tudo tem o seu tempo!” Este texto do Eclesiastes pode servir de base a muitos dias de reflexão, para que, dentro do tempo que nos é dado viver, consigamos dar tempo a nós próprios para que possamos descobrir-nos tal qual somos e pormos a render os nossos talentos ou qualidades no sentido de, para a maior glória de Deus e felicidade dos homens, realizar neste mundo o que Deus tem sonhado para nós!

Que o Espírito Santo me(nos) ajude!

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