Como será
que Deus se nos vai revelando todos os dias?
Dizemos inúmeras
vezes que Deus se nos foi revelando pelos profetas e por Jesus Cristo tal como nos
mostram as Escrituras Sagradas... mas não nos podemos ficar por aí!
Como se
concretizaria aquela ideia de que Jesus é o Salvador do mundo, ou seja, da Humanidade
inteira, se já lá vão mis de dois mil anos e ainda há tanta gente que O não
conhece nem d’Ele algum dia ouviu falar?
Deus
falou-nos pelos Profetas, por Jesus, fala-nos pelas Escrituras, pela Hierarquia
da Igreja, pelos Consagrados e Leigos... mas tem muitas outras formas distintas
de nos falar! Como somos todos diferentes em tudo... cada um saberá... ou
melhor dizendo... cada um irá descobrindo, aos pouquinhos, no decorrer dos dias
a forma como Deus se lhe vai revelando!
Porque, Deus
revela-se a cada um ou uma de nós, tenho a certeza, porque eu não sou diferente
de ninguém, e tenho tido tantas... tantas e maravilhosas revelações de Deus!
Contadas...
descritas... ninguém acreditaria!
Para reconhecer
as maravilhosas Revelações de Deus, basta prestar muita atenção a todos os
acontecimentos que se vão passando connosco e à nossa volta, pois da forma mais
simples e precisa, podemos ver verdadeiros milagres!
E não
pensemos que é só nos bons acontecimentos... porque muitas vezes, numa séria
doença, num desespero, numa incompreensão ou qualquer outra coisa menos boa... está
a Revelação de Deus quando testamos verdadeiramente a nossa paciência, aprendemos
a ver a vida por um prisma diferente, a encarar os afazeres diários, o
relacionamento com as pessoas e connosco mesmos de uma maneira diferente, muito
mais capaz, acolhedora, respeitadora, calma, ativa, solidária, presente, fraterna...
Deus
fala-nos, por vezes, nos momentos em que menos pensamos, e leva-nos a decisões
e comportamentos bem inesperados e que nos dão imensa alegria e nos tornam muito
realizados e felizes!
E mesmo
quando não conseguimos deixar de pensar em algo sobre uma certa parte das Escrituras...
o que faz connosco para nos satisfazer curiosidades e nos conduzir à Esperança
segura e calma através da compreensão e aceitação!...
Dito...
repito mais uma vez, ninguém acreditaria!
E aprendamos,
aos pouquinhos, a não criticar nada nem ninguém!
Onde virmos
alguém, seja quem for e professe a religião que professar... se a sua vida for
comandada pelo Amor, ali está presente aa Revelação de Deus, porque Deus é
somente AMOR!
«»
Beato John Henry
Newman (1801-1890)
teólogo, fundador do Oratório em Inglaterra
Sermão «Ceremonies of the Church»
Pouco
importa como aprendemos a conhecer a vontade de Deus – seja através da
Escritura, seja através da tradição apostólica, ou daquilo a que São Paulo
chama a «natureza» (cf Rom 1,20) –, desde que estejamos certos de que essa é
mesmo a sua vontade. Na realidade, Deus revela-nos o conteúdo da fé por
inspiração, porque a fé é de ordem sobrenatural; mas revela-nos as questões
práticas do dever moral pela nossa própria consciência e pela razão divinamente
guiada.
As
questões puramente formais, revela-no-las através da tradição da Igreja, pelo
costume que nos leva a pô-las em prática, embora o costume não venha na
Escritura; isto para responder à pergunta que podemos fazer a nós próprios:
«Para que havemos de observar ritos e formas que a Escritura não prescreve?» A
Escritura transmite-nos aquilo em que é necessário acreditar, aquilo para que
devemos tender, o que devemos manter. Mas não estabelece a forma concreta de o
fazer. Ora, uma vez que não só podemos praticar aquelas coisas de uma forma
precisa, somos forçados a acrescentar alguma coisa àquilo que nos diz a
Escritura. Por exemplo, ela recomenda-nos que nos reunamos para a oração e
associa a sua eficácia […] à união dos corações. Mas, como não indica o momento
nem o local da oração, a Igreja tem de completar o que a Escritura se contentou
em prescrever de forma genérica. […]
Podemos
dizer que a Bíblia nos dá o espírito da nossa religião, e que a Igreja tem de
organizar o corpo em que o espírito encarna. […] A religião não existe de forma
abstrata. […] As pessoas que tentam adorar a Deus duma forma (dizem elas)
«puramente espiritual» acabam por, de facto, não O adorar de todo. […]
Portanto, a Escritura dá-nos o espírito e a Igreja o corpo da nossa devoção. E,
assim como não podemos ver o espírito dum homem sem ser por intermédio do seu
corpo, assim também não podemos compreender o objeto da nossa fé sem a sua
forma exterior.
«»
Que texto
maravilhoso!...
É bem claro
que vemos Deus bem presente na Igreja de Jesus Cristo, onde Ele e o Cristãos a
Ele unidos e unidos entre si, e aos que já partiram para a eternidade, formam o
Corpo Místico de Cristo!
Daí, todos
os cristãos que perfazem este Corpo Místico têm obrigação de exemplificar uma
vida de Fé, Esperança e Amor, ou seja,
de têm obrigação de ser Apóstolos de Jesus Cristo, de ter Espírito Missionário,
de desejar que todos sejam um em Jesus Cristo.
As nossas
fragilidades humanas lançam muitas vezes por terra o nosso ser Cristãos a
sério, daí o todos sermos pecadores e indignos de nos aproximarmos de Jesus na
Eucaristia, de irmos à mesa Eucarística e nos alimentarmos de Jesus
escondido... mas... foi para nós... pobres pecadores, que Jesus veio ao mundo, viveu
no mundo, morreu no mundo permanecendo vivo no mundo, tudo por nós, para que
possamos entrar no Novo Mundo d’Ele e levarmos o resto da Humanidade connosco!
Bendito
sejas, Senhor Deus Omnipotente, por tantas maravilhas que fazes com os Homens!
Faz com que
os Homens consigam compreender o Teu Amor com todas as Suas Maravilhas!
Que sempre
sejas louvado!
De Colores!
HN
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